The countdown just started....2 weeks to go back home...

Faltam 2 semanas para regressa a Portugal...Parece que foi ontem que cheguei a Sydney, mas bem vistas as coisas já se passaram 3 meses. O tempo passou a voar e, de uma forma geral, o saldo desta breve aventura é mais que positivo. A família, os amigos e os colegas foram os pilares da minha estadia na terra dos cangurus, mas a minha força de vontade de melhorar o meu inglês foram determinantes para o sucesso da aventura. Mas, o "pior" ainda está para vir: a avalição oral já nesta 4ª feira, a minha apresentação oral de um trabalho que tenho vindo a preparar, o pré-teste na 6ª feira e na semana seguinte o oficial teste do IELTS - 5 duras horas de avaliação nas competências de writting, reading, listening & speaking. Até lá, só me resta estudar e trabalhar o máximo que puder e, claro, aproveitar os últimos dias no outro lado do mundo....

26 de Janeiro: Australia Day!!!

Hoje foi dia de comemorar a descoberta da ilha (1788). Toda a população saiu à roupa vestido com motivos e cores da bandeira Australiana. Viu-se de tudo um pouco: bandeiras, T-shirts, chapéus, biquinis e muito mais. Mas não eram apenas as pessoas que estavam vestidas a rigor.

Os prédios e os carros também estavam ornados com as cores da bandeira ou com as cores da equipa principal australiana, cujas as cores são amarelo e verde.

Eu decidi comemorar o dia no "Havaiana Chellenge", que se realizou na praia de Bondi. No fundo, o que se pretendeu foi juntar o máximo número de pessoas com chinelos gigantes dentro de água. Este evento decorreu em todos os estados da Austrália e, como seria de esperar Sydney entrou para o Guiness, com cerca de 2050 pessoas, em simultâneo, dentro de água em cima de um chinelo de borracha :))

Surf Camp...uma excelente aventura

Tive um excelente fim-de-semana passado em Seven Mile Beach (Gerroa), num surf camp. Ter umas aulinhas de surf sempre fez parte da minha lista de intenções, na Austrália e, lá chegou o dia....

Saímos de Sydney na 6ªF ao final do dia, cerca de 55 pessoas, todos de nacionalidades diferentes, o que foi, só por si, espectacular: pessoal descontraído, divertido e com excelente bom humor. A praia fica a cerca de 2 horas de Sydney e está numa zona protegida, o que torna a praia ainda mais bonita, pois toda ela é cercada por uma imensidão de vegetação, totalmente verde. O campo da Rip Curl está totalmente organizado e pensado para aventureiros de mochila às costas, tipo backpackers, e tudo à volta é alusivo ao surf: pranchas, posters com motivos de ondas ou roupa mais desportiva, muita música, filmes de surf sempre a passar, enfim tudo o que se possa ver quando se pensa em surf.

Durante o fim-de-semana tivemos 8 horas de aulas, o que é muito para um pricipiante, tendo em conta as imensas quedas que dá para se tentar levantar, mas a verdade é que ao fim de algum tempo levantar já não é nenhum bicho de 7 cabeças :)) Tivemos ainda aulas teóricas de surf, o que foi muito bom, pois aprendemos as regras e os comportamentos que o surfista deve ter dentro de água. Para além disso, ainda recebemos umas dicas de como analisar as condições de vento e marés, bem como de todo o material necessário para surfar. Em suma, foi um curso bastante completo e sinceramente, acho que o dinheiro foi bem gasto :)

The crewwwwwww

A escola de surf

A praia, 7 Miles

A tentar levantar....e consegui :))

30 anos no outro lado do mundo!!!!!

E já lá vão 30 anos desde o dia em que nasci. Para além de mim, os meus pais também estão de parabéns por me terem concebido e terem proporcionado de chegar ao dia de hoje FELIZ.

Durante todo o dia, o meu telemóvel não parou de tocar, mas desta vez, foram mais as notificações de mensagens via FB, do que propriamente sms ou chamadas telefónicas. Só pelo FB devo ter recebido cerca de 200 notificações de mensagens. Como li algures no FB há dias, se o FB fosse um país, seria o 3º em termos de população. Não há dúvidas que o FB aproxima as pessoas e permite que os contactos sejam frequentes e instantâneos.

Foi realmente fantástico saber que todos os amigos e familiares se lembraram de mim, neste dia tão especial e de mudança para uma outra etapa da minha vida.

Parabéns para a trintona :))

Os meus 30 anos foram comemorados na Harbor Bridge

Summadayze Festival Rocked!!!!!

E nada melhor do que passar o 1º dia do ano a dançar ao som dos melhores DJ’s australianos e internacionais. David Guetta foi o “cabeça de cartaz” e arrasou completamente com o público. Mas Armand Van Helen também bateu de milhões e pôs toda a gente a vibrar no Botanic Garden.

WAS AMAZING!!!!!!

David Guetta no seu melhor!!!!

Banho de espuma para refrescar a malta e animar o festival :)

Companhia dos sobrinhos para dançar até cairrrrrrrrrrrrrrrrrr

Natal no verão, pela primeira vez….

Natal com calor não parece Natal, mas este foi excepcional e super divertido, apesar dos 35 graus que se fizeram sentir. As festas foram passadas em Sydney na casa da minha irmã e com a família do meu irmão que veio de Melbourne. A tradição na Austrália é tão diferente de Portugal, e doces de Natal não existiram. Estes foram substituídos por doces timorenses e chineses que já não comia há anos. Nem houve lugar para o tradicional Bolo-rei. Em vez de estarmos todos à volta da mesa e comer sem parar, toda a família juntou-se para dançar e fazer palhaçadas.

No dia 25, foi organizado um barbeque (barbie, para os aussies) em casa para familiares e amigos. Sem exagero estiveram umas 50 pessoas em casa e houve até bailarico no quintal, com parte da banda do meu cunhado a tocar as melhores baladas.

Oficialmente Timorense

Apesar de toda a gente, em Dili, me ter chamado de “malai” (estrangeira em tétum), um dos meus objectivos foi cumprido: ter nacionalidade timorense. Pois é, já tenho BI e Passaporte e saí do país como timorense, mas mesmo à saída do país, nos serviços de migração, ainda houve quem falasse comigo em inglês…. J

O encontro com as origens: Timor-Leste

Foi no dia 13 de Dezembro que pisei pela 1ª vez solo maubere. Confesso que estava ansiosa por visitar a terra dos meus pais, mas não tinha ideia nenhuma do que ia encontrar. Desde que soube que vinha efectivamente para a Austrália que decidi visitar Timor, tinha de ser desta, já que em 2005 fiquei muito pouco tempo no país e infelizmente não sobrou tempo para visitar Dili. Mas desta vez não havia desculpas, nem mesmo o facto de não conhecer praticamente ninguém no país….

Foi uma viagem fantástica, talvez das melhores que já fiz, mas foi muito emotiva. Apesar de não ter nascido em Timor sempre tive muita curiosidade em conhecer o país em que os meus pais cresceram e que foram obrigados a abandonar por causa da guerra. Já somam 35, os anos que estão longe de Dili e foram poucas as fotografias que tive a oportunidade de ver ao longo destes anos.

Dizem que Timor é lindo, mas infelizmente só tive oportunidade de conhecer 2 cidades: Dili e Liquiça. Apesar da destruição e pobreza que marcam estas duas cidades, as paisagens são fantásticas, mas o melhor de tudo são as pessoas, que são de uma generosidade e simplicidade extremas. Exemplo disso, é a minha família, que sem me conhecerem de parte alguma (e a maioria nem por foto ou telefone) me recebeu de abraços abertos e que me trataram tão bem durante os dias em que estive em Dili.

A casa da minha tia é muito simples e humilde, mas senti-me como que se estivesse num hotel de 5 estrelas, pois fizeram de tudo para que nada me faltasse. Não me posso esquecer no cuidado que a minha tia de 78 anos teve para comigo ao aquecer água, numa fogueira, todos os dias às 6h da manhã e depois ao final do dia, para que eu pudesse tomar banho de água quente. Ou então besuntar-me com repelente indonésio, para que os mosquitos não me picassem, ou ter um copo de chá preparado ao acordar. Enfim, pequenos e insignificantes gestos que foram feitos com tanto carinho e dedicação, que nunca mais irei esquecer. É difícil descrever a atenção e a entrega de toda a gente para comigo, mas foi uma sensação tão boa e senti-me realmente muito especial.